Após um breve intervalo comercial – ou simplesmente uma mudança de cidade com apenas todos os empecilhos que um cidadão nordestino cabra da peste pode enfrentar – o blog não só está de volta como traz a irreverente, contagiante e alto astral coluna Bendita Cueca! O tema de hoje não é nada que já não tenham discutido em barzinhos e rodas de fofoca, não é nada que sua mãe aprovaria se te visse lendo e não é nada que você já não tenha se questionado em uma luta apocalíptica entre os seus anjos internos “Dar ou não dar? Eis a questão.” De um lado, a opressão da sociedade em seguir os termos imaginários impostos pelos “10 mandamentos da boa mulher” lapidados à pedra nos anos 20 e que até hoje são repassado de mãe pra filha. E do outro lado a boêmia, a zuação, a vida que pediu a Deus (ou ao Luci, sabe lá) em que você faz o que quer, quando bem entende e ninguém se mete. Se você veio de uma cidade “pequena” assim como eu, não digo sequer pela extensão geográfica ou densidade demográfica ou dimensão estratosférica interplanetária mas, sim, pela diminuta e primitiva cabeça de seus habitantes, sabe muito bem que essa realidade de “fazer o que quer” é utopia. A história se repete ao longo dos anos: as que dão, dão, as que dizem que não dão são as que mais dão. (Te desafio a dizer isso rápido três vezes, tocar um berimbau e abrir uma roda de capoeira.)
O time de hoje conta com três destemidos mosqueteiros Arthor, Portos e Aramis (Certo, não são. Mas seria muito mais legal se fossem.) ou melhor, Diego, Leon e Oscar que não mediram as palavras quem dirá, o bom senso para ajudar a descomplicar a cabecinha atordoada das moças de hoje em dia tão cegas ou desesperadas em ter um bom partido, um amor pra chamar de seu, uma chinela torta pra sua joanete, um Sorine pra sua sinusite, sua metade da laranja, da cama, e principalmente da carteira e um…Bom, acho que vocês entenderam, né? Um texto que dispensa seu Prozac, mas pede uma taça de vinho, uma música ambiente e um macho ao lado.
“Dar ou não dar, eis a questão. Mulheres sentem desejos e necessidades tanto quanto os homens, umas num grau bem elevado e outras nem tanto. É bem verdade que as mulheres tem aquela imagem de serem delicadas, de pureza (outras nem tanto) e isso faz com que tenham um certo “filme” a se zelar. Rolar sexo no primeiro encontro, seria mentira minha em dizer que isso não influencia para muitos homens como critério para se levar a mulher a sério ou não. Influencia sim, ainda somos muito machistas nesse quesito. Já tive a mente fechada pra essas coisas e com o passar do tempo mudei bastante sobre assuntos do tipo. Para mim, não influenciaria tanto. Tem todo um contexto pra rolar logo de primeira, não se mede caráter de mulher nenhuma pelo simples fato dela ter a vontade que nos homens temos durante as 24hrs do dia, 7 dias da semanas, 30 dias do mês, resumindo a história, all the time. Na boa, elas tem tanto direito quanto nós. Então, no meu caso, não seria um critério fundamental pra levar a mulher a sério ou não. Mas por outro lado, seria se ela fosse ruim de cama. Até porque, quem vai levar a sério uma parceira que não atingiu a meta estabelecida num dos principais pilares de um possível relacionamento?! Hahaha. Olhando por esse lado, é bom rolar um “test drive” no início para ambas as partes não se decepcionarem futuramente! Hahahaha. ”
Muito tem a se falar quando o assunto é tabus do relacionamento. Acho que se não for o principal, o assunto de hoje é, pelo menos, um dos principais tabus do nosso tempo, da nossa geração e se duvidar de toda a história de relacionamentos Homem x Mulher.
Dar de primeira é critério para se levar à sério ou não?
Bom, darei a minha resposta acerca de tal. Se formos analisar a evolução dos relacionamentos da época dos nossos avós até hoje (nossa, aulas de história capítulo 1), sabemos que ao comparar como que rola ultimamente no mundo, estamos léguas submarinas, terrestres e aéreas de ser como eram nossos avós. Primeiro porque na época deles, ou casava-se virgem, ou então você não era uma moça ou moço de família, e isso era uma afronta pesadíssima aos pais (mais o pai do que a mãe) de antigamente. A tal da virgindade era mais importante até do que dinheiro no bolso, do que a própria vida da pessoa. Hoje olhamos pra isso de uma maneira diferente, tem gente que acha até um absurdo, mas ainda logicamente há aquela pequena safra de mulheres que acham isso lindo, provavelmente discípulas de filmes como crepúsculo, romeu e julieta e afins – porque na sinceridade?! homem nunca se preocupou com essa de virgindade, apesar de que alguns homens ainda acham incrível poder deflorar uma bela jovem, e mal sabem eles que estão entrando em uma fria muitas vezes difícil de sair; porém isso pode ser assunto para outras discussões, voltemos – passando da época dos nossos avós para época porra louca do mundo que foram os anos 70 – 80 que era tudo paz, amor, e rock n roll, esse tabú da sexualidade estava até deixando de ser um tabú para simplesmente virar algo do cotidiano, mas infelizmente (digo eu lógico) essa barreira do mundo hippie de sexo, drogas e curtição foi bastante momentânea e nós voltamos novamente a estaca zero do amor. Hoje, no nosso século atual muita coisa mudou, muitos anseios femininos agora são realidade, mulheres hoje tem mais direitos iguais aos dos homens (TEM SIM! só não digo se são justos ou não, mas tem), e partindo do princípio dessa vontade insaciável das mulheres de obterem essa tal igualdade, o Dar de primeira vem bem de encontro a isso.
Você consegue conhecer uma garota linda, de bom papo… até ai tudo indo nos conformes, então que chega a hora que a química ta rolando, as coisas vão se encaminhando para um belo final, rola aqueles beijinhos mais atiçados, o cara vem com aquela pegada que mulher tanto diz que homem tem que ter, porque pelo que já lí nas estatísticas de revistas como capricho, ana marie e outras, 90% das mulheres dizem que o primeiro beijo indica muita coisa, e a pegada mais ainda. Então partindo desse princípio, o cara tem todos os requisitos prenchidos, mas na hora que o clima esquenta mais ainda, que a coisa ta boa, tanto de lá como de cá… a menina liga aquele seu bom e velho alarme de castidade mental (opa, do jeito que isso ta indo vai da merda), e ela resolve dar um belo banho de água fria no sujeito, porque primeiro ela acha que essa era a intenção inicial do pobre e desloado ser masculino, segundo porque ela ainda não quebrou um dos tabús mais questionáveis de todos.
Digo por algumas experiências vividas, que no Brasil, e em especial com as brasileiras, isso é bastante comun de acontecer. Até parece já um acordo combinado, parece até que as mulheres brasileiras, ou pelo menos sua grande parte, têm uma cooperativa, secreta, quase uma seita de que algumas coisas são padronizadas, e acabam até muitas vezes confundindo a cabeça de nós homens. Na europa por exemplo, é muito mais fácil você ao conseguir “pegar” uma gatinha, levá-la para sua casa ou para alguma casa de amor (leia-se motel), antes mesmo sequer de um simples beijo na boca… Isso mesmo! as européias as vezes saem de casa somente para tirar o atraso, ou para dar uma mesmo, elas são as mulheres do século XXI que todo homem (leia-se: pelo menos eu) desejaria pelo menos conhecer. E digo porque…
Acho que pode ser um pouco generalista da minha parte, mas creio que nosso ploretariado masculino hoje em dia, não conta muito com a “sorte” (ou azar) de ter que ser o primeiro deflorador de uma garota ou de uma mulher, até porque achar algum jóvem que não já tenha perdido sua virgindade com mais de 17 anos é meio complicado hoje em dia, chega a ser mais difícil que garimpar ouro! então eu como bom homem do século XXI não vejo problema algum que uma moça decidida, responsável e acima de tudo mulher, dê no seu primeiro encontro. Até porque eu sei que o desejo sexual da mulher é praticamente idêntico ao do homem, o que muda é que nós homens somos muito espalhafatosos, não escondemos nossa vontade de dar uma, xegamos a ser tão explícitos que isso as vezes atrapalha e espanta as mulheres.
Mas ai pode ser que alguma de vocês diga, “há mas mulher que se preze não dá no primeiro encontro, isso é coisa de menina galinha”. Bom, acho que depende muito do conceito de menina galinha para o século em que vivemos também. Antes uma menina que ficasse com 2 meninos sendo eles todos do mesmo ciclo de amizade era tido como galinha, recebia apelidos de “rodada”, “fácil” e outras um pouco mais pesadas que não valem a pena serem expostos. Entendo que isso há uns 8 anos atrás realmente poderia ter feito sentido na minha cabeça, mas eu não me importo com essa parte de saber quem foi que já deu uma pilotada no avião antes de mim, po gente! lavou ta novo!, nada que um bom banho não resolva a parte digamos mais recusável de um bom sexo. Repito, assim como nós homens sentimos vontade, as mulheres também, e se duvidar até mais, porque vai saber o que passa na cabeça dessas mentes meticulosas e totalmente imprevisívies não é mesmo?
Acho que dar no primeiro encontro, pode até assustar os homens. Mas não no sentido de que ele vá achar que você é uma vaca, galinha, cachorra ou qualquer outro animal que temos na natureza, mas sim pelo fato de nós já estarmos tão habituados a ter que galgar degrau por degrau dessa aventura de desbravar caminhos desconhecidos, e não porque ela simplesmente resolveu dar alí, sem frescura, sem mimimi.
Século XXI meu povo! mulher solteira e homem solteiro é que nem carnaval, ninguém é de ngm, e uma coisa é certa, o homem é o dono do proprio bilau assim como a mulher é dona da sua propria perereca! acho que mulheres que são decididas e sabem o que querem deveriam desligar esse alarma de castidade, lógico que sim! não digo isso pra facilitar por exemplo o meu trabalho e o de mais 200 milhões de homens predadores espalhados poraí. Logicamente não digo também para a mulher não pensar antes de fazer, pelo contrário, se o cara é legal, é divertido e rolou um clima massa e até mesmo um pouco caliente, porque não? essa eu acho que seria uma indagação boua para minha musa dos blogs virtuais um dia dissertar. Porque a mulher não pode dar no primeiro encontro? pode vir com mil e um motivos, mas todos esses partem do princípio da insegurança feminina em ser rejeitada após entregarem o ouro ao bandido. Ai mais uma vez volto a frisar: SAIBAM ESCOLHER! Não é sair dando de primeira pra todo mundo, mas sim pra quele gatinho que você se interessou, e que o clima esquentou.
Em resumo, dar de primeira não é o fim do mundo, e nem fará de você uma pessoa má vista, salve se você simplesmente escolher um daqueles caras do grupo dos que não presta para isso! saiba fazer a curadoria e dê! E seja feliz! Com muito prazer!”
Começarei o texto dizendo: Se estiver afim, dê! É simples! 🙂
O problema é que na realidade não é tão simples assim. Era pra ser, mas na sociedade de hoje (ainda) e culturalmente isso é bem complexo. Acho que muito por conta de alguns homens que sacanearam algumas mulheres e a conversa foi se espalhando no famoso boca a boca e meio que culminou na criação de uma ceita feminina que diz que é quase regra não dar no primeiro encontro. Balela!
Ainda bem que existem as que fugiram da regra e pularam a cerca pra sair dessa ceita maquiavélica tramada pelas mulheres que soa quase como uma desculpa pra que o cara saia correndo atras dela em busca do tesouro perdido. Talvez fosse muito mais fácil não dormir na vontade e estar ali com alguém que você curtiu e não ficar brincando de fazer joguinhos simplesmente por pensar o que vão pensar.
Mulher sente vontade? SIM! As vezes até muito mais que o homem.
O que teóricamente em pleno século 21 era pra ser uma parada normal, onde as pessoas se relacionam com quem elas bem entendem, o mundo da modernidade, da liberdade… Ainda parecem existir pessoas que ficaram presas lá nos anos 90. E acho que vai ser uma coisa bem difícil de ser desfeita. Enquanto existirem caras que sacaneiam as meninas, as conversas vão se encontrar e elas sempre vão arrumar um jeito de fugir.
Mas dai você vai me dizer “ah Oscar, mas o cara vai pensar que fui fácil demais. Ele vai me comer e pronto, nunca mais, tchau!”
Porra! Como você sabe? Porque que não pode rolar na primeira vez, vocês se curtirem e continuarem com essa parada? Porque necessariamente você tem que achar que o cara vai sair correndo?
Se você sentiu vontade de dar pra ele na primeira vez, é porque de alguma forma ele te conquistou, então deixa a parada rolar. Se você for sempre ligar pro que vão pensar de você hoje em dia, você não faz mais nada. Conheço algumas meninas que são muito mais levadas a sério pela atitude e personalidade que tem e impõe, mesmo transando com o cara na primeira vez, do que algumas que ficam fazendo charme e mesmo sentindo vontade ficam segurando até sei lá quando.
Vamos deixar de se bloquear pras coisas, vivam a vida, se sintam a vontade e sigam as suas vontades. Tenho certeza que vocês vão ser muito mais valorizadas se vocês mostrarem que sabem lidar com a situação.
Terminarei quase como comecei: “Melhor acordar arrependida do que dormir na vontade.”