Acredito que, no fundo, todo mundo está buscando um grande amor mesmo que não seja necessariamente alguém. A gente busca viver apaixonado, com borboletas frenéticas no estômago, com palpitações ligeiras no peito. A gente busca o que nos faça sentir vivos e que tudo, até os percalços colecionados, valeram a pena. A gente quer quem nos arrepie a alma, e não só nos faça companhia. E muitas vezes, tão ansiosos em chegarmos ao topo, ter quem quisermos ou simplesmente ser algo recíproco, construímos uma relação como um castelo de cartas prestes a desabar com o menor sopro de insegurança. É porque não estamos sempre pensando no outro, não. A gente pensa na gente e no que achamos que nos faz feliz e, claro, tentamos convencer o outro disso. Mas nunca é tarde para aprender que amor não é egoísta.
1) Dar atenção as necessidades do outro
Uma coisa é certa: quanto mais intimidade, maior também a expectativa e a frustração. Isso reflete desde a forma com que você recebe um feliz aniversário até planos de uma vida inteira. Sempre que espera ser priorizado, saber em primeira mão as novidades, nutre uma expectativa que o faz sentir mais especial, mais importante que a maioria. Desce do pedestal, tá? Confiança não se impõe, nem se pede, mas se constrói numa relação. Você a merece. Para isso, se interesse mais em ouvir do que em falar, dê importância aos conflitos do outro mesmo quando soarem incompreensíveis para você. Às vezes, só o desabafo já faz com que as aflições se tornem menores. Ninguém espera a resposta para seus problemas, mas sim, um colo para quando as angústias apertarem.
2) Não dormir brigados
Quanto mais você fala sobre algo que lhe incomoda, mais banal se torna a cada vez. Isso não quer dizer que devem ser repetitivos ou até mesmo teimosos, mas simplesmente que devem conversar sobre tudo, inclusive, sobre o que não lhes agrada. Não deixe para depois a paz que pode trazer agora. Não adie algo que lhe pesa como uma pedra no peito, a não ser que esteja com a cabeça quente. Nesse caso, prefira engoli-la a joga-la no outro sem que sequer haja uma razão. Mas sempre que puderem, conversem, expliquem. O problema está em quando achamos que o outro deve saber o que nos irrita por obrigação – ou consideração – e exigimos uma mudança sem que nem tenhamos dito os reais motivos para nos incomodar.
3) Aceitar as falhas do outro sem criticá-lo
Isso não é como passar a mão na cabeça, muito pelo contrário. Mas é entender que certas atitudes são fases e outras são traços de personalidade. O que for uma característica dele precisa ser trabalho, conversado, na tentativa de moldá-lo, e não gritado aos quatro ventos com o dedo apontado na cara. Ficar com raiva, fazer birra, deixar de falar e torcer para que ele adivinhe por pura consciência a razão de tudo não vai resolver. Simplesmente porque se ele fez uma determinada coisa que você desaprova por livre e espontânea vontade foi porque não teve capacidade de entender como isso lhe irritaria. Muitas vezes, a gente acredita que um relacionamento bem-sucedido é aquele em que eles se entendem só de se olhar, mas não é nada disso. Para se dar bem, principalmente a longo prazo, eles devem conversar, debater, se entender para se olhar com carinho.
4) Respeitar as opiniões contrárias
Tudo bem que em uma relação estável é natural que o casal passe a dividir tudo, mas isso não se aplica às opiniões. Nem sempre eles vão concordar, nem sempre votarão no mesmo candidato, nem sempre vão querer ouvir a mesma música no carro. Isso é normal. Cada qual tem seu espaço e sua individualidade, afinal, se relacionar é somar experiências e gostos, e não abrir mão de suas preferências. Se discorda, apenas tente compreender. Se não puder compreender, então mude de assunto. A não ser que a discussão em questão seja sobre o futuro conjunto, não faz o menor sentido achar que por terem gostos divergentes e opiniões contrárias não possam se dar bem em sua essência. O que conta é a disposição que resulta em aprendizado, e não, as semelhanças que podem ser mera coincidência.
5) Incluir um ao outro nas decisões
Não tem coisa melhor do que você saber que é tão importante para alguém que ele prefere ouvir sua opinião antes de tomar qualquer decisão. Você se sente parte de algo maior, você se sente verdadeiramente dentro da vida dele. E mesmo quando discordarem ou, no final das contas, não sigam a ideia um do outro, a verdadeira diferença está no fato de ter sido ouvida, de ter sido incluída. De terem suas ideias debatidas, conversadas. Esse é o pilar que sustenta a confiança.
6) Não se comparar a outros casais
Em meio ao auge das redes sociais é bastante difícil se manter alheio o suficiente para não se preocupar com o que sua amiga ganhou de presente de dia dos namorados. Ou porque, de uma hora para outra, todo mundo passou a namorar – no Facebook, pelo menos. Mas não é novidade alguma que essa competitividade entre casais só faz mal a quem a sente. Às vezes, você perde seu tempo se comparando a vida de quem nem sequer se preocupa contigo. Não vale a pena. Até porque, honestamente, a gente sabe que ninguém é tão feliz quanto aparenta e que aquelas pessoas que fazem mais questão de se expor são, provavelmente, as que mais sentem falta no dia a dia. Você só precisa se pergunta sobre o que te faz mais feliz: ser ou mostrar?
7) Celebrarem juntos até as pequenas vitórias
Rotina e intimidade são duas coisas complicadas; em parte, porque fazem de qualquer pequeno acontecimento o evento do ano e, em parte, porque fazem também de qualquer gota d’água uma tempestade. Ao mesmo tempo, dias maravilhosos são raros. A maioria de nós não pensa que se nada de ruim acontece é um dia bom, e sim, o contrário. Buscam qualquer semelhança com sua ideia de perfeccionismo para poderem se dizer feliz em um dia comum. Isso desgasta mais de dentro para fora do que se é dito. Toda pequena conquista casual deve ser celebrada, dividida. Passe a dar mais ênfase a uma conversa que lhe fez gargalhar, a sorte que teve em pegar aquele pedaço de bolo com mais cobertura, a estreia do filme que amam na próxima semana no cinema. Assim, até as menores alegrias farão parte de um diálogo, e no final do dia, somadas têm mais a acrescentar do que, de fato, datas planejadas para serem perfeitas.