Por você, eu não faria piadas plenas sobre nossos caminhos bambos, nem te faria cócegas com as mentiras mal contadas de uma verdade que só caberia em nós dois.
Tampouco, te faria um épico romance mesmo que cada traço em ti me rendesse um verso. Mesmo que tua boca encaixada as minhas coxas me rendesse um apelo, eu não faria.
Sequer faria planos contigo detalhando o desejo em cada milésimo de segundo de me perder nos enganos do seu tempo.
Por você, eu não faria sussurros de promessas bentas nem que me garantissem seu coração mastigado, vulnerável.
Nem faria mundos e fundos se moverem pra manter cíclica toda esperança que houvesse em ti. Ou faria poesia com a ciranda do teu sorriso, ora louco, ora são.
Eu não faria por você o meu melhor abraço, nem deixaria meu colo a dispor do afago de seus cabelos. Não faria companhia a tua solidão na porta de casa, nem faria birra pra manter nossas melhores lembranças vivas.
Por você, eu não faria a saudade pulsar quando minhas veias confundissem-se com as tuas. Nem faria deboche da tua barba exposta como medalha.
Nem mesmo faria caso na calada da noite quando aparecesse com qualquer desculpa esfarrapada. Simplesmente não faria nada se me desse as costas e levasse meu riso na mala.
Por você, também não faria provocação ao teu choro sem sentido. Nem faria menção ao calor que teu olhar ao meu emana. Ou faria questão do teu amor imoral.
Por você, eu já fiz.
Por você, eu faço.
Agora, e todos os dias como se fosse a primeira vez. Só não te faço promessas para o futuro para não te deixar nas dúvidas das minhas intenções.
O que eu te prometo só posso cumprir enquanto estiver comigo, seja por um minuto ou uma vida. Definitivamente, o que eu faço por você, por ninguém mais eu faria.