“Ai, lá vem a Samantha com papo de mal amada”. Dessa vez, não. DESSA VEZ, não. No entanto, como toda boa doida, eu me considero bem racional. Penso sobre tudo, eu acho. Coisas como: diretrizes no senado, o que eu faria se tivesse superpoderes, pra que serve a pimenta do reino, porque diabos ainda não criaram chips pra te fazer aprender coisas instantaneamente, e assim vai. Mas, algumas coisas me tiram o sono e me dão cabelos brancos: por que os apaixonados ficam tão vulneráveis? Por que se confundem, se contradizem e, principalmente, se enganam? Pra que seve o bolso do pijama? Qual o sinônimo de sinônimo?! Tony Soprano morreu?!

Infelizmente, nem pra todas as perguntas eu consegui obter resposta, mas não vou desistir de achar Carmen Sandiego. Por isso, corri até a biblioteca pública mais próxima e peguei todos os exemplares de livros de ciência para estudar a natureza humana. Mentira! Simplesmente, coloquei no Google. Óbvio. Agora levante as mãos para o céu e agradeça a internet existir em nossas vidas, senão não seríamos mais que um punhado de mar, uma piada de Deus, um capricho do sol.

Acontece que essas reações – negação e confusão mental – são as mesmas de um dependente químico, por exemplo. Quando veem uma foto, ouvem falar ou, pior, dão de cara com o dito-cujo por acaso, seu cérebro produz respostas emocionais envolvidas com a sensação de motivação e recompensa. Iguais a qualquer outra droga. Ou seja, podemos concluir duas coisas: 1) seu cérebro está, sim, tentando te sabotar e 2) a paixão é uma droga.

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Pesquisadores do Colégio de Medicina Albert Einstein de Nova York afirmam que o amor romântico é uma das emoções mais poderosas que uma pessoa pode ter. Mas que também pode deixá-las ansiosas, tornando o bem amado objetivo de vida. Em outras palavras, eles querem dizer que o amor lhes deixa inquietas, impacientes e meio psicóticas. Podendo torná-las, inclusive, assassinas. Cientificamente falando, a neurose das mulheres não é culpa delas. Quer dizer, pelo menos, não é conscientemente culpa delas. Mas acontece que esse emaranhado de sensações também não é puramente amor.

Para a química da paixão acontecer é preciso que haja um fluxo de substâncias, tais como: adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas. Por mim, eu também incluiria morfina, diga-se de passagem. A dopamina é responsável pela felicidade, a adrenalina acelera o coração e excita e a noradrenalina é o hormônio cabido pelo tesão, mas o tempo produz a resistência. Porque nem tudo são flores nessa vida. Logo, a paixão esfria. E você quer morrer! Mas não antes de culpar a si, as estrelas, ao Jonh Green e a maldita redatora que vos alerta por ter caído, mais uma vez, no conto do vigário. Acontece que paixão não é amor. É mesmo essa sensação avassaladora, eufórica, desesperadora de se sentir feliz, mas não é amor. Amor é calmo, tranquilo, passivo. Amor é reação química da ocitocina (hormônio feminino) e vasopressina (hormônio masculino), atribuídos à sensação de segurança e de companheirismo.

1)      Par perfeito existe?

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Segundo os Matemáticos da Universidade de Genebra, há uma formula pra se ter maior taxa de felicidade e menor risco de separação: a mulher tem que ser 5 anos mais nova e 27% mais inteligente que o homem. O ideal é que ela tenha um diploma e ele não. Ou seja, pare de desdenhar as cantadas que recebe de pedreiros. Um deles poderia ser teu marido.

2)      Esgote suas possibilidades.

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Um estudo realizado pelos estatísticos John Gilbert e Frederick Mosteller, da Universidade Harvard, apontou que não temos tempo a perder. Se você já teve 5 namorados e se acha tão experiente quanto azarada quando se trata de relacionamentos, não entre em pânico. Uma análise provou que de 100 relacionamentos, apenas no 38º teremos mais chances de dar certo. Precisamente, 57% a mais de chances. Agora arrependa-se de ter julgado o estilo de vida da amiguinha que estava anos luz à sua frente tratando-se de experiências conjugais. Essa é a hora de admitir que ela estava certa. Bem, estatisticamente certa. O que é mesmo que nada, afinal, não somos exatos, não somos plenos. Até porque, estudos não levam em conta os esforços que fazemos pra ficar com alguém, as desculpas que criamos, os sentimentos que alimentamos.

3)      Homens são tão superficiais quanto mulheres são interesseiras.

tumblr_mh2w0stUJ61r0yq4zo1_500Meu plano é casar com um rico e então parar de trabalhar.

Eles só preocupam-se com beleza e juventude e, elas, com nível socioeconômico (ou seja, conta bancária também). Mas sabe o que é pior? Isso é independente do local, ciclo, cultura e casamento. Essa diferença realmente existe, afirma o psicólogo evolutivo David Buss, da Universidade do Texas. Minhas entranhas salpicam em fúria com essa tese. No entanto, contra a ciência não há argumentos. Os homens quando veem a amada ativam no cérebro a área do processamento visual, já a mulher aciona os circuitos relacionados a memória, motivação e atenção. Isso, pelo menos, explica porque é muito mais comum a gente ver mulheres lindas com homens feios do que o contrário.

4)      Você não vai conseguir um marido na balada.

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Eu sempre disse isso, mas é muito bom poder provar cientificamente que não sou apenas uma louca. 60% do romances surgem em lugares em comum, como trabalho, ciclo de amigos, faculdade. E 68% dos relacionamentos duradouros vieram de um amigo que se envolveu como cupido. Enquanto só 10% das relações que vingam se iniciam em balada. Eu estava certa o tempo todo. Beijem meus pés!

5)      Os feios amam mais.

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Um estudo feito em 2008 pela Universidade do Tennessee avaliou 82 casais e constatou que quando a mulher é linda e o cara é o cão chupando manga, os relacionamentos são mais harmonioso, tem mais segurança e companheirismo. Isso se deve ao fato de que eles tem algo que valorizam muito, a beleza, e procuram ser o melhor possível pra mantê-la. GENTE, ISSO FEZ TODO SENTIDO NA VIDA! SÉRIO! Eu nunca entendo minhas amigas lindas com caras horrendos e sempre penso “O que ela viu nele?”, mas na certa ele é algum príncipe vestido de sapo.

6)      Sexo leva à paixão.

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Infelizmente, o mundo não pode ser perfeito como eu imaginava. Não é possível, biologicamente, que você se envolva sexualmente com alguém e não aumente os níveis de dopamina, que provoca o romance. Além do quê, o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina. Como já dizia o ditado “amor de pica é o que fica”. Teste baseado nas conclusões da americana Helen Fisher, antropóloga da Universidade Rutgers.

Como termina essa história, todo mundo já sabe. Você fica compulsivo, distraído e obcecado pelo amado. Passa a comer menos, fantasiar mais, pensar sobre filhos, cachorro e papagaio, além de sentir-se eufórico, ansioso, quando sabe que vão se encontrar. Sinceramente, estar apaixonado dessa forma é fantástico. É como se, embora sua felicidade naquele momento dependa completamente de alguém, o sentimento que você nutre é tão forte que te preenche, te faz desejar que seja eterno, te faz calcular os passos pra que seja estável, te faz se moldar pra que seja verdadeiro.

A gente inventa a paixão pra se distrair, pra suprir essa dependência de algo que faça nossa alma vibrar. De uma certa forma, quem não tem muito com o que se ocupar, tem mais chances de ficar estagnado na mesma história pseudo-romantica. Manter-se ativo, ter planos, objetivos e todos os dias ergue-se pra eles é uma das formas de se desvencilhar da paixão ou esquece-la. Até porque, quando essa euforia acaba, esse sentimento esfria, esse coração se acalma, a gente pensa que nunca existiu.

Eu sei de uma coisa que faz a alma vibrar… Vodca!

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Fontes: Quimica do amor, Amor, o inicio, O amor é uma droga.

 

 

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