Em qualquer esquina de qualquer cidade por aí, quem sabe um dia a gente se esbarre e tomamos um café como naqueles filmes americanos piegas que eu sempre amei assistir.

Te encontro pelo mundo.

Fazendo qualquer coisa, com qualquer pessoa, em qualquer estação do ano. Confesso que prefiro que seja o verão, ah, cê sabe como eu amo calor. Poderíamos pegar uma praia, conversar sobre a vida e quem sabe até rir de tudo que aconteceu.

Te encontro pelo mundo.

Daqui uns meses, ou até quem sabe anos, afinal a gente nunca sabe o que a vida reserva pra gente não é mesmo?! Cê com umas tatuagens e o mesmo estilo old school de sempre e eu meio louca sempre mudando meu cabelo.

Te encontro pelo mundo.

E quando isso acontecer vou te confessar que dá saudade de gostar de alguém assim, daquele jeito bobo e intenso, que há noites em que me sinto muito sozinha, mas acaba sempre passando, assim como todas as vontades que eu tive de beijar outras bocas por aí. Tudo sempre passou, só a gente que ficou.

Te encontro pelo mundo.

Talvez acompanhado, talvez fazendo um tour e conhecendo países por aí meio mochileiro e concordaríamos que isso sempre foi a tua cara. Talvez até lá eu já tenha pegado mais ponte aéreas e finalmente tenha encontrado meu lugar no universo. Ou quem sabe o mais óbvio: eu descubra que nasci pra viver na Lua, afinal é lá que vive a minha cabeça.

Te encontro pelo mundo.

De repente meio sem rumo, e agitado, meio confuso e complicado, e quem sabe os papéis se invertam e dessa vez eu seja o teu cais pra amenizar a tua loucura interna. Só teríamos que organizar direitinho para ninguém sair machucado e desamparado quando um dos dois resolver seguir a vida. Mas isso são só detalhes.

Te encontro pelo mundo.

E mais improvável ainda em algum buffet de legumes e frutas, te vendo degustar cada item que anos atrás tu simplesmente recusaria sem pensar duas vezes. E o mais surreal: admitindo que eu sempre estive certa e que são realmente muito bons quando se dispõe a comer algo com gosto e sem nojo. Riríamos e certamente eu tiraria muitas fotos desse momento.

Te encontro pelo mundo.

E talvez nesse encontro eu te diga que não sinto e nem nunca senti raiva de você. E de certa forma caminhar com as minhas pernas é absurdamente muito tranquilo. Não precisava ter tanto medo mesmo. Te contaria tudo que vivi, e admitiria que foi extremamente importante seguirmos caminhos meio separados pois só assim eu consegui me encontrar. E entender inúmeras coisas que meu lado rebelde nunca quis aceitar. E depois de dito tudo isso, agradeceria pelos anos dedicados à mim e a minha vida turbulenta. Desejaria sorte e iria embora. Pois se teve algo que aprendi foi que não importa o que eu faça, meu coração nasceu para ser livre, e depois que conheceu esse mundão a fora, não quer mais estacionar em nenhum lugar (ou lar).

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