Foi tão estranho perceber que já não gosto mais de você que quase quis me desculpar por isso, é sério. Bobagem minha me sentir culpada por fazer o que foi melhor pra mim! Mas eu estou tão bem, tão agradecida por tudo que vem acontecendo em minha vida, que até fico sem jeito de demonstrar isso na sua frente. Passei tanto tempo idealizando que você era a pessoa capaz de me fazer sentir assim, e agora fico me perguntando se, na verdade, não andei boicotando minha própria felicidade ao seu lado.

É tão estranho perceber que o sossego que eu buscava com sua presença foi a sua ausência que me trouxe. Eu estava no caminho errado, definitivamente. Talvez por isso tenhamos andando tanto em círculos, repetido velhos erros, nos castigado. Não estou desmerecendo nada do que senti por você, muito pelo contrário, só mesmo algo muito forte e verdadeiro pode nos fazer acreditar que valha a pena tanta insistência. Mas, afinal, eu estava errada: não é o sentimento que mantém duas pessoas juntas, e sim, uma cega persistência. De ambas as partes, é claro. E uma parte de mim sempre vai sentir sua falta, até porque eu não queria que tivesse terminado dessa forma. Aliás, eu não queria que tivéssemos terminado como se nunca tivéssemos existido. Mas se todo início é difícil, todo final é nostálgico.

É triste se despedir de alguém que significou tanto. Porque foi real e foi único, e foi nosso. É tão estranho perceber que isso também não nos pertence mais. Mas quando eu vejo você só consigo pensar “que bom que aconteceu!”. Tudo. Eu, você e o fim. Principalmente, o fim. A paz que eu buscava estava no adeus que eu não permitia que acontecesse. Obrigada por me ensinar sobre a desistência; não nos mata, mas sem duvidas, nos fortalece.

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