É engraçado começar esse texto assim, tão livre, tão solta, tão dona do mundo. Me sinto meio nostálgica até em pensar sobre tudo que aconteceu. É, me joguei no mundão. Desde que cê soltou a minha mão e decidiu que seria melhor pra você seguir sozinho na sua paz, me descobri. Me reinventei. Havia séculos que não me sentia assim, tão desapegada.

Cê diz que isso só prova o quanto estávamos no caminho errado, e que faltava pouco pro fim oficial. Viver feliz e seguir a vida logo após de um término deveria ser triste, um processo lento, doloroso. Não é? Acho que não. Essa é minha forma de amar. Eu deixo livre. E me permito estar com a alma leve também. No final admito que cê tinha razão. Faltava pouco pra nos depararmos com um beco sem saída. E é bom saber que tivemos escolha.

Quem sabe do futuro? Ninguém. Quem sabe as voltas que o mundo vai dar? Ninguém. A gente está nesse mundo de passagem buscando bagagem e aprendizado e vou te dizer, minha vida tá entrando no eixo. Em um outro eixo. No meu eixo. E assim sigo em paz buscando o que há de incerto na vida, com o coração tranquilo.

Nunca fui tão sincera com as palavras. E me sinto de certa forma bem, pois sei que cê pensa assim também. Não há nada que eu deseje mais do que a sua felicidade.

Amanhã tô pegando o primeiro avião e buscando meu rumo por aí. Sei que cê fica feliz por mim, vou desbravar o mundão, e nunca estive tão certa das decisões que venho tomando. Quando a gente se dedica e faz algo de coração, a vida nos recompensa. Eu volto logo, em seguida tô de volta. Mas, não pretendo me demorar.

Meu destino é voar. Me desenvolver como pessoa e profissional. Conhecer pessoas, lugares, bares, mares, e todas as noites possíveis. Sei que se entende e fica torcendo.

Tô fazendo coisas novas e por mim, pensando somente no meu bem estar. Me preocupando menos e vivendo mais. Uma pena cê não estar comigo nessa fase boa da minha vida, mas não fico triste. Cê é iluminado e grande parte disso tudo aqui devo à você. Gratidão até o fim.

Não consigo mais pensar em outra coisa a não ser viver por aí, com a mente, coração e alma totalmente abertos para o que vier.

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