tumblr_lcq4ydAg8R1qes8zoo1_500_largeEstou vazia. Disso eu tenho certeza, e duvidaria de quem me dissesse que seria assim. Mas já não sinto mais nada, nem mesmo a vontade de me questionar. Catei todos os porquês espalhados pelo chão que trilhavam o caminho que escolhi.

Afinal, foi uma escolha. Se apaixonar é uma escolha; sempre é. Tenho mania de pôr a amor em tudo sem antes saber se vale a pena. Às vezes é o coração que toma a frente, mas nas costas que tomba o peso da derrota.

Me pergunto por onde anda o tempo que não passa por mim. Peço aos céus que traga de volta minha esperança. Preciso mudar, já que me conformar não traz conforto. A dor é tão consistente quanto um casaco de lã, e quando o visto sinto um calor percorrer meu corpo. Mas não passa de um momento até que tudo esteja morno outra vez. Ou frio mais uma vez.

Ando vivendo no meio termo sem sentido, sem senso. Porém, falta é algo que eu sinto. De tudo. Do mundo. De mim. Até mesmo da corda bamba que serpenteava meus medos. Sempre fui uma avalanche de caos maciço na medida certa dos meus planos. Carrego apenas o que posso prever. Prevejo apenas o que posso entender. Às vezes, trapaceio, confesso. É difícil não encher com ilusões um balão de expectativas. Ora flutua, ora estoura.

Por fora, sorrio. Por dentro, permaneço histérica à procura de uma forma para recomeçar.

Em que curva seu destino colidiu com o meu? Deveria ser assim ou somos mera consequência da nossa displicência em se entregar?

Ando em tons de cinza padecendo de uma confusão interna. Perdi as cores, perdi o controle.

Sou o resto.

Sou réu de amor confesso.

Sou mel de amor disperso.

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