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Que saudade da porra que estou sentindo de você. Não é amor, nem paixão, tampouco, exagero. Isso tudo passa, mas esse aperto aqui no peito, não. É só saudade, falta. Ou talvez loucura. Quero te ligar agora, mas não tenho nada pra te dizer. Tudo já foi dito, tudo já foi feito. Mas só de ouvir tua respiração do outro lado da linha, e saber que você se importa ao ponto de me atender, me deixaria mais tranquila. Mas eu nunca vou saber porque por mais que tenha decorado seu número, enterrei minha coragem depois do nosso adeus. Aliás, seu adeus porque por mim, você é sempre boas vindas. Você é meu “pode entrar” na minha vida, meu “fique à vontade” no meu coração, a casa é sua. Sempre foi.

Mas tudo que era rotina se tornou saudade. Amava o bem que você me fazia sem perceber. Não era aquela coisa ensaiada de filmes de comédia romântica em que se espera serenatas exageradas ou declarações em público. Era quando você ajeitava meu cabelo e me fazia perceber que estava atento a cada detalhe em mim. Era quando você tocava a minha cintura enquanto conversamos em uma roda de amigos só pra me provar que não bastava estarmos perto, tínhamos que estar juntos. Amava quando você me tirava o sono com as lembranças do nosso beijo e me fazia acreditar que a realidade podia ser muito melhor que qualquer sonho. Amava quando me ligava a qualquer hora do dia e dizia que não aguentaria esperar me ver pra contar a novidade. Porque somos melhores assim, afinal. Sendo dois, e não um.

Eu sei que não vou demorar pra te superar, eu sou assim. Mas esse é o problema: se eu desistir agora, vou estar mais perto de te esquecer, e principalmente, esquecer o que eu estou sentindo nesse momento. E eu não quero, simplesmente não quero seguir em frente, assim como uma criança que repugna verdura se conseguir vê-la no prato, mas que a engole do mesmo jeito sem perceber. Eu me vejo sem você e não gosto, antes mesmo de saber se consigo.

Eu continuo aqui, andando nos mesmo lugares, fazendo as mesmas coisas. Ainda tenho os mesmos amigos que insistem em perguntar por ti toda vez que nos falamos. Ainda respondo que não sei, não tenho te visto, e disfarço a vontade de saber até quando. Ainda tiro acidentalmente o lençol luva da cama toda hora que me deito. Ainda saio molhada e sem chinela do banheiro. Já me aconselharam a mudar de ares, conhecer gente nova, viajar, mas são nesses mínimos detalhes que ainda sou eu. E se eu mudar a rota e me perder, como você vai me achar? Eu continuo aqui, fazendo o mesmo caminho só pra ver se a gente se esbarra. Só pra ver se você me vendo assim do mesmo jeito, se lembra que um dia já me amou.

Que saudades da porra de você. Talvez você nunca saiba, mas talvez, quem sabe, você passe aqui e leia.

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