Acabei de chegar do batizado daquela que seria nossa afilhada. Aquele laço tão bonito que tínhamos, aquele serzinho pequeno e cheio de amor que amávamos tanto. Tirei minha roupa, coloquei o pijama e mal deu tempo de tirar a maquiagem para as lágrimas rolarem. Sinto como se você tivesse morrido e eu tenha ficado com a missão de ficar forte e viver sozinha tudo que tínhamos planejado juntos. Lentamente a dor invade cada célula do meu corpo e me vejo passando por algo que nunca imaginei passar nessa vida, uma espécie de pesadelo.

Cê nem ao menos quis manter-se próximo. Cê até me bloqueou no WhatsApp. Cê fez tudo que jurou e demonstrou durante longos anos que nunca faria. Cê se transformou. Da minha pessoa favorita no mundo, na minha decepção.
Nesses longos dias tenho tido muito colo, muito olhares amigos, muitas palavras de incentivo e força. Términos deveriam ser apenas términos. Mas o que talvez mais me dói é ver que tudo que eu tentei preservar virou poeira. Nem o carinho ficou, nem o dialogo ficou, nem a admiração ficou. É que eu achei que a gente era de verdade, sabe? Achei que no final das contas cê ia querer me manter por perto pra qualquer dia conversarmos sobre como não sabíamos nada da vida nem do mundo. Mas não. Cê cortou o laço. E simplesmente virou as costas pra quem só te queria bem.

A sensação que tenho é de que isso nunca vai passar. Esse inverno frio, essa chuva gelada, esses dias cinzas e longos, as horas que não passam. A minha ferida que nunca cura.

Todos aqueles textos em que eu contava que te amava, admirava e tinha gratidão por tudo não foram mentira, mas eles simplesmente não fazem mais sentido. Cê podia ter sido tudo na minha vida, mas preferiu ser o mais babaca e mais covarde.

E no final das contas não consigo te desejar mal algum. Muito menos que um dia cê passe pelo que eu tô passando, porque fraco do que jeito que você é, realmente se não aguentaria o tranco.

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